De acordo com o principal mapa público do setor, estão listadas 10 máquinas no país, com três na Área Metropolitana do Porto e uma em Vila Nova de Famalicão.
Para que servem e a quem interessa agora
Os ATMs de bitcoin são quiosques que permitem converter euros em ativos digitais de forma imediata, sem depender de abertura de conta numa bolsa online. Em Portugal, a operação mais comum é a compra direta para a carteira do utilizador (via QR code), embora alguns terminais também suportem a venda (cash-out).
A grande vantagem é a conveniência. Pagamento em numerário ou cartão, quando disponível, liquidação simples e sem necessidade de transferência bancária. Para os que acompanham os melhores airdrops de criptomoedas, estes pontos físicos funcionam como complemento ao on-ramp tradicional.
Quando surge um projeto interessante, é possível carregar rapidamente uma carteira e testar pequenas quantias sem expor dados financeiros em plataformas externas. A recomendação operacional é a de sempre. Usar uma carteira própria (não custodial), conferir o endereço antes de validar e guardar o talão digital/impresso que o terminal emite.
Quantas máquinas existem e onde se concentram
O mapa público CoinATMRadar identifica 10 ATMs/tellers em Portugal e detalha as praças com presença. Lisboa e Porto contam com 3, enquanto Faro, Pinhal Novo, Funchal e Vila Nova de Famalicão tem 1. As moedas suportadas variam por terminal, mas no país surgem listagens com Bitcoin (BTC) e Litecoin (LTC) de forma recorrente.
Em alguns pontos, também há Ether (ETH), Bitcoin Cash (BCH), Dogecoin (DOGE), USDT, entre outras. As grelhas são dinâmicas. E, globalmente, a rede de ATMs cresceu de forma contida em 2025, num contexto de preço do bitcoin mais alto e expansão mais seletiva por parte dos operadores europeus.
Portugal mantém um crescimento lento, mas estável, com foco em zonas urbanas e em locais de passagem. Na cidade do Porto, há um terminal instalado no French Fries Factory, Rua do Bonjardim 302 (4000-115), junto à entrada, com suporte para BTC e LTC. O registo indica horário alargado durante a semana e ao sábado.
Em Vila Nova de Gaia, o terminal está associado à estação de carregamento Power Dot, na Rua Rocha Leão 320 (4430-198), a poucos minutos da travessia para o Porto. Os detalhes de compra/venda, limites e meios de pagamento aparecem no ecrã do quiosque e no mapa especializado.
Na Maia, o ponto situa-se no TecMaia - Parque de Ciência e Tecnologia (Moreira). Há aceitação de cartão em determinados terminais e compra de BTC/LTC com liquidação direta para a carteira do utilizador. Tal como noutros locais, as condições operacionais podem mudar.
Em Vila Nova de Famalicão (Ribeirão), o ATM funciona na Papel & Lápis/Jogos Santa Casa, no Complexo Habitacional de Bragadela, Loja 21. É a referência mais a norte no distrito de Braga.
Em Braga, houve uma instalação no Yeah Atlântico, mas o diretório por cidade indica ausência de máquina ativa neste momento, reforçando a necessidade de verificação prévia antes de se deslocar.
A operação destes quiosques é assegurada em Portugal por entidades registadas junto do Banco de Portugal, enquanto prestadores de serviços de ativos virtuais (VASP). O supervisor mantém uma página dedicada com a lista oficial de entidades registadas e a explicação do âmbito do registo, como troca cripto-fiat, transferência de ativos virtuais e guarda.
No plano prático, isto significa que a entidade tem políticas de prevenção de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo adequadas ao enquadramento nacional e europeu (MiCA), com limites e verificações KYC que podem variar por valor e por perfil do utilizador.
Como funciona a compra/venda: Custos e moedas suportadas
O processo típico de compra num ATM cripto envolve quatro passos. Escolher a moeda, mostrar o QR code da carteira do utilizador no ecrã, introduzir euros em numerário ou pagar com cartão quando o terminal o permite, e confirmar o montante a enviar. O quiosque devolve um comprovativo com os dados essenciais da transação.
A venda, quando suportada, segue a lógica inversa. Inicia-se a transferência do ativo para o endereço do operador e, após confirmação on-chain, o terminal dispensa o numerário. Como boas práticas, recomenda-se usar carteira própria, com chaves sob controlo do utilizador.
Também verificar o endereço completo antes de validar, evitar partilhar códigos com terceiros e guardar o recibo digital/impresso emitido no final. Em caso de alteração de taxas de rede, alguns terminais explicam no ecrã a diferença entre valor inserido e valor recebido, refletindo spreads e comissões próprias do serviço.
Os custos de um ATM tendem a ser mais altos do que numa exchange online, justamente pelo serviço presencial e pela liquidação imediata. Em contrapartida, há simplicidade, rapidez e menor fricção para quem prefere operar com dinheiro físico. Já as moedas suportadas variam por máquina.
Conteúdo Patrocinado.