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BE desafia partidos a revelarem qual é o seu compromisso quanto à descida do IRS

BE desafia partidos a revelarem qual é o seu compromisso quanto à descida do IRS
Fotografia DR

Agência Lusa

Agência noticiosa

Publicado em 02 de maio de 2024, às 11:30

Segundo disse Mariana Mortágua, coordenadora do partido

A coordenadora do BE desafiou hoje os restantes partidos a dizerem qual é o seu compromisso quanto às propostas que foram aprovadas na semana passada sobre IRS e acusou o Governo de “saneamento político” na Santa Casa.

No dia em que os projetos de lei sobre IRS começam a ser discutidos na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, Mariana Mortágua afirmou, em declarações aos jornalistas no parlamento, que é muito importante que a aprovação na generalidade dessas iniciativas não tenha servido “apenas para jogos parlamentares entre diferentes partidos”.

“É importante que estes projetos não morram na especialidade, quando ninguém está a ver, depois de ter sido feito um número no plenário da Assembleia da República”, defendeu, desafiando os grupos parlamentares a dizer "qual é o seu compromisso face às várias propostas" para baixar o IRS.

Na semana passada, foram aprovadas propostas que reduzem a dedução específica, que alteram os escalões do IRS, assim como um diploma do BE que “permite a dedução dos juros do crédito à habitação contratualizados após 2011”.

Da parte do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua afirmou que o partido quer que saia da comissão “uma proposta para atualizar a dedução específica para que cada pessoa possa ter uma dedução automática maior e assim pagar menos IRS de forma transversal”.

Nestas declarações aos jornalistas, Mariana Mortágua foi ainda questionada sobre o facto de o Governo ter enviado para o Tribunal de Contas a auditoria à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), tendo respondido que os problemas financeiros daquela instituição “vêm de longe” e são anteriores à atual provedora exonerada, Ana Jorge.

“Tanto quanto sabemos, esta decisão relativamente à Santa Casa tem pouco a ver com as condições financeiras da Santa Casa e tem muito a ver com saneamento político e de troca de lugares”, sublinhou, acrescentando que a situação “pode resolver o problema de lugares dentro do PSD e do CDS”, mas não resolve necessariamente os problemas financeiros da instituição.

Na semana passada, o parlamento aprovou na generalidade as propostas do PS, BE e PCP sobre o IRS e os requerimentos para que a proposta do Governo, do Chega e da IL baixassem à especialidade sem votação.