Um movimento independente liderado pelo dissidente do PSD Carlos Silva ganhou domingo a Câmara de Esposende, distrito de Braga, que durante cerca de quatro décadas foi um bastião social-democrata.
Denominado “Mudança”, aquele movimento apresentou como cabeça de lista à Assembleia Municipal Alberto Figueiredo, outro ex-PSD que já tinha sido presidente da Câmara de Esposende durante 10 anos.
O médico Carlos Silva é, assim, o novo presidente da Câmara de Esposende e irá governar com maioria absoluta. Conseguiu eleger quatro elementos para o executivo, contra três do PSD.
“É uma mudança que vai ser feita com todos, por todos e para todos”, afirmou Carlos Silva, no discurso de vitória.
Disse que a sua prioridade serão sempre as pessoas e que, com a sua liderança, a Câmara de Esposende será “aberta e transparente”.
“Também não vamos admitir mais que qualquer funcionário da câmara se sinta oprimido”, acrescentou.
A Lusa tentou ouvir o presidente cessante, Guilherme Emílio, mas sem sucesso.
No mandato que agora termina, Carlos Silva foi presidente da Assembleia Municipal de Esposende, eleito pelo PSD, mas renunciou ao cargo em início de 2025, por o partido o ter preterido na escolha para candidato à câmara, depois de alegadamente lhe ter prometido que o seu nome seria o escolhido.
A lista social-democrata foi presidida por Guilherme Emílio, que liderava a Câmara de Esposende desde agosto de 2024, substituindo o presidente eleito em 2021, Benjamim Pereira, que, entretanto, saiu para o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).
Carlos Silva conseguiu 11.566 votos e Emílio Figueiredo ficou-se pelos 8.257.
Atualmente, o executivo de Esposende é composto por seis eleitos do PSD e um do PS.