A Gestamp, fábrica que produz componentes para a indústria automóvel em Vila Nova de Cerveira, corre o risco de fechar devido às dificuldades que o setor atravessa. A crise, que tem afetado várias empresas do Alto Minho, está a levar a empresa a uma situação delicada, com impactos significativos na sua produção.
De acordo com o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), na semana passada teve lugar uma reunião entre a administração da empresa e os representantes dos trabalhadores, durante a qual foi comunicado que a Gestamp está a sofrer as consequências da atual crise do setor automóvel. A redução na produção de veículos elétricos tem afetado a carga de trabalho, com diversos projetos e células de soldadura paralisados ou a operar com pouca capacidade. A empresa também referiu que o investimento feito não tem dado o retorno esperado.
Como resultado, a Gestamp anunciou que cerca de 40 colaboradores estão em risco de perder os seus postos de trabalho. No entanto, a administração tem procurado adiar ou até evitar os despedimentos, fazendo um esforço adicional para minimizar os impactos na equipa.
O SIMA reconheceu ainda o esforço da empresa em melhorar a qualidade de vida dos seus colaboradores nos últimos anos, destacando medidas como aumentos salariais, apoio escolar através de cartões, um cartão presente do Pingo Doce e um cabaz de Natal no valor de 120 euros.
Este caso surge após outras situações de crise na região, como aconteceu recentemente com a Coindu, em Arcos de Valdevez, e com a Cablerías, em Valença, empresas que somam um total de 600 trabalhadores em risco.