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Cientista da UMinho quer descobrir origem da sarcoidose

Cientista da UMinho quer descobrir origem da sarcoidose
Fotografia DR

Publicado em 07 de agosto de 2025, às 18:21

Agostinho Carvalho obteve 430 mil dólares de uma fundação dos Estados Unidos da América

O investigador da Universidade do Minho, Agostinho Carvalho, garantiu um financiamento superior a 450 mil dólares, cerca de 390 mil euros, da Ann Theodore Foundation, dos EUA, para liderar um estudo de dois anos focado nos mecanismos da sarcoidose, uma doença inflamatória rara e ainda mal compreendida, que afeta por ano até 40 em cada cem mil pessoas no mundo.
Segundo fonte da Universidade do Minho, a pesquisa está a ser realizada no Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da academia minhota, em estreita colaboração com o pneumologista Hélder Bastos e o consórcio FIBRALUNG, que em Portugal é o maior registo de doentes e maior biobanco dedicado a doenças pulmonares intersticiais.
O novo projeto vai avaliar como os macrófagos, ou seja, células do sistema imunitário, mudam de comportamento na resposta a certas agressões, como bactérias ou partículas estranhas. isto é, esses macrófagos decidem aglomerar-se como barreira e isso gera inflamação, que pode ser crónica e grave. Os cientistas vão atentar em especial ao papel de pequenas “bolsas” no interior dos macrófagos que engolem e digerem as partículas estranhas. A ideia é perceber se a dinâmica das “bolsas” impacta o funcionamento daquelas células do sistema imunitário e, nesse sentido, o desenvolvimento da inflamação que causa a sarcoidose.
«Através da combinação de modelos celulares, metodologias de ponta e amostras de doentes, pretendemos clarificar como estes mecanismos influenciam o início e a evolução clínica da sarcoidose», explica o investigador Agostinho Carvalho.