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Rui Rocha quer afirmar Braga como «a capital do norte»

Rui Rocha quer afirmar Braga como «a capital do norte»
Fotografia DM

Redação

Publicado em 29 de junho de 2025, às 09:48

Candidato à Câmara Municipal pela Iniciativa Liberal apresentou a sua candidatura na Casa dos Coimbras.

Rui Rocha, candidato à Câmara Municipal de Braga pela Iniciativa Liberal, quer afirmar a cidade como «a capital do norte». Uma visão que «parte de um compromisso com o progresso e a boa governação, ancorado em propostas realistas e inovadoras». «Braga tem todas as condições para disputar a centralidade regional com o Porto, afirmando-se como referência nacional em áreas como inovação, qualidade de vida, eficiência autárquica, talento, segurança e cultura», disse ontem, na apresentação pública da sua candidatura que, além de “Braga Capital do Norte”, tem como slogan “Uma nova energia para Braga”.

Na apresentação, Rui Rocha começou por realçar a sua ligação natural a Braga: «esta é a minha comunidade, a comunidade para onde os meus pais vieram viver em 1976, a comunidade em que estudei, em que cresci, em que conheci a minha mulher, em que casei, em que nasceram e cresceram os meus filhos. Senti que este era o momento para pôr ao serviço de Braga, da nossa comunidade, a minha experiência profissional e a minha experiência política», disse, confessando-se «absolutamente convencido» de que o percurso profissional e político e a experiência adquirida «são uma experiência muito mais vasta do que a de qualquer outro candidato que se tenha apresentado até à data à presidência da Câmara Municipal de Braga».

Segundo deu nota o candidato, «esta candidatura tem um objetivo eleitoral claro e uma visão clara para Braga: o objetivo eleitoral é vencer as próximas eleições autárquicas».

 

Temos em Braga as pessoas, a história, o dinamismo. Falta a visão e liderança política.

 

Transformar Braga na capital do Norte é o foco. «Temos em Braga as pessoas, temos a história, temos o dinamismo e o empreendedorismo, temos uma posição geográfica privilegiada e temos também a dimensão territorial para sermos a capital do norte. Falta agora a visão e a liderança política», sustentou, considerando que, para que este fim seja uma realidade, «Braga não pode ser subserviente ao poder central» como considera ter sido em decisões como as do BRT ou da localização da estação do TGV, onde a cidade «não teve participação ativa». «Estamos aqui para dizer que em Braga mandam os bracarenses e que é preciso uma solução de independência do poder central», frisou.

Rui Rocha considera que tornar Braga numa capital do norte pressupõe três «condições prévias absolutamente necessárias», assentes nos seguintes eixos: desenvolvimento e infraestruturas, inovação e competitividade, bem-estar e comunidade.

No primeiro, defende que Braga «precisa de crescer com equilíbrio e planeamento». Nesse sentido, o candidato da IL propõe um «novo modelo territorial» assente no conceito “Um município, três cidades”. Ou seja, para além da Braga histórica e já consolidada, pretende-se criar duas «centralidades»: uma cidade virada para a inovação e tecnologia (junto ao eixo do TGV) e uma cidade de baixa/média densidade urbanística, com «qualidade ambiental e ligação ao Cávado». Aqui terá de haver uma articulação com as obras já em curso da Variante do Cávado e da estação de alta velocidade.

No que respeita a inovação e competitividade, Rui Rocha considera que Braga «deve assumir-se como um polo tecnológico de referência nacional», pelo que propõe a criação de uma nova centralidade urbana para acolher empresas tecnológicas, startups, centros de formação e laboratórios de inovação. Alguns dos projetos aqui previstos são um centro de alto rendimento de desenvolvimento de inovação e tecnologia em IA.

Na área do bem-estar e comunidade, a IL propõe mais habitação acessível, mais espaços verdes, mobilidade moderna, reforço da saúde local e um sistema social municipal «mais eficaz». Aqui, Rui Rocha garantiu que, caso chegue ao executivo, avançará «de imediato» uma proposta para assegurar seguros de saúde aos mais idosos, crianças e grávidas. 

A segurança também ocupa um lugar de importância. «Desejamos ser também a capital da segurança e seremos intransigentes na defesa da tranquilidade da comunidade. Todos os que vierem para se instalar, participar connosco no crescimento de Braga, serão bem-vindos. Aqueles que vierem pôr em causa a tranquilidade da comunidade não serão bem-vindos», afirmou. A realização de obras no quartel da PSP de Braga foram aqui realçadas, deixando o candidato a garantia de que as mesmas avançarão. «Se não forem feitas pelo poder central, serão feitas por braga e a conta será apresentada ao poder central», disse. Uma Polícia Municipal que funcione 24 horas por dia, 365 dias por ano, e com um posto da Universidade do Minho, foi outra medida apresentada.

A isto, Rui Rocha elencou outras medidas, como uma ligação ferroviária a ligar Braga, Guimarães e Barcelos (com possibilidade de expansão futura para este e oeste) e a criação de um metro de superfície (aproveitando o investimento feito no BRT).

Na ocasião foi oficializada a candidatura de Bruno Machado à Assembleia Municipal de Braga pela IL. «Queremos devolver a credibilidade à Assembleia Municipal, com uma posição exigente, técnica e construtiva (...). Juntos vamos mostrar que Braga pode mudar e mudar para melhor», disse.

Foram ainda divulgados os 2.º e 3.º candidatos da lista à Câmara de Braga (Emanuel Rodrigues e Virgínia Figueiredo) e à Assembleia Municipal (Jesus Caldas e Sofia Araújo).