O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, disse hoje aos trabalhadores e utentes do Hospital de Braga que é preciso confiar no Sistema Nacional de Saúde (SNS), mas sem deixar de reivindicar ao Estado que cumpra com as suas responsabilidades, nomeadamente na contratação de mais médicos, mais enfermeiros e mais técnicos que garantam uma resposta adequada à dimensão do Hospital de Braga, que presta cuidados a cerca de 1,2 milhões de pessoas dos distritos de Braga e de Viana do Castelo.
Paulo Raimundo falava durante uma ação de contacto realizada junto à porta principal do Hospital, no âmbito da campanha «Aumentar salários e pensões, por uma vida melhor». Nesta ação os utentes partilharam preocupações sobre os valores cada vez mais baixos de salários e reformas, mas reconheceram o trabalho dos profissionais de saúde.
Deixando uma mensagem de confiança no SNS e no profissionalismo e competência dos profissionais do Hospital de Braga, Paulo Raimundo insistiu, porém, que é importante que lhes sejam dadas condições para realizar o seu trabalho.
«O Hospital de Braga tem gente, tem profissionais, tem capacidade de dar a resposta pública que o SNS tem condições de garantir. E o Estado tem a responsabilidade de manter e aumentar estas condições», argumentou Paulo Raimundo, acrescentando que «não há nenhuma razão para que o hospital não resolva todas as questões que lhe estão colocadas, nomeadamente as cirurgias» e apelando a que se «invista nesse caminho e os profissionais que aqui estão, certamente, garantirão que isso acontece»
Segundo Paulo Raimundo «o Governo tem uma opção política desgraçada para o país», definindo-o como «uma autêntica comissão de gestão dos interesses dos grupos económicos».
Acompanhado do candidato à Câmara de Braga, João Baptista, e da deputada da Assembleia Municipal Sandra Cardoso, o secretário-geral do PCP deixou como uma segunda mensagem de que «não estamos condenados a uma vida sem condições dignas».
Nesse sentido apelou à «força imensa, à capacidade imensa de trabalho, de vontade e de empenho» que existe no Minho e neste distrito em particular «para pôr o país a andar para a frente, para melhorar a vida das pessoas»
Nesse sentido, foi distribuído a quem passava um abaixo-assinado que será apresentado na Assembleia da República, reclamando o auemnto de salários e pensões, pelo direito à habitação, em defesa dos serviços píublicos, nomeadamente o SNS, e pelo direito a creche e pré-escolar gratuitos, para todas as crianças, numa rede pública».
Esta mesma mensagem voltou a ser transmitida à tarde, num contacto com os trabalhadores da Somelos, em Ronfe, Guimarães.